Uso do cobre em hospitais é capaz de reduzir infecções em até 58%

Uso do cobre em hospitais é capaz de reduzir infecções em até 58%

Infecção hospitalar ou Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (IRAS) é definida como qualquer infecção adquirida enquanto a pessoa está internada no hospital, que pode se manifestar durante a internação ou após a alta, desde que seja relacionada com a internação ou aos procedimentos realizados dentro do hospital.

Estas infecções são complicações após a realização de procedimentos de assistência à saúde, quando existe alguma quebra de barreira para prevenção de infecção. 

Os dois principais exemplos de quebras de barreiras para prevenção de infecções são a falta de cuidados na higiene das mãos e na inserção e manutenção de dispositivos invasivos (sondas, acessos, cateter, ventilação mecânica).

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), no mundo todo, milhões de pacientes são acometidos anualmente por essas infecções, causando enormes prejuízos financeiros aos sistemas de saúde e aumentando as taxas de mortalidade dos países.

Nos Estados Unidos, por exemplo, são registrados 1,7 milhão de IRAS por ano, o que representa um custo de 35 bilhões de dólares para o sistema de saúde local e 99 mil mortes. 

Ações e campanhas devem ser frequentes nos hospitais, a fim de conscientizar a todos (profissionais de saúde, trabalhadores dos hospitais, pacientes, visitantes) sobre a importância das medidas de higiene pessoal e desinfecção das áreas hospitalares, minimizando assim os riscos para essas infecções.

Cobre Antimicrobiano (CAm)

Com o intuito de resolver esse problema de saúde pública, alguns hospitais e centros de saúde ao redor do mundo estão utilizando em suas instalações o cobre antimicrobiano (CAm), metal capaz de eliminar microorganismos nocivos, como vírus, bactérias e fungos, e vêm obtendo ótimos resultados.

O CAm é a única superfície tátil de metal sólido com sua eficácia comprovada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), desde 2008. Ele é capaz de eliminar mais de 99,9% das bactérias que causam as infecções hospitalares em duas horas de contato, quando limpas regularmente, ao contrário do que acontece com outras superfícies como aço inoxidável, plástico ou prata.

Sua ação bactericida é contínua, irrefreável e se mantém mesmo após sofrer abrasões, oxidações ou embaçamento.  

A desinfecção das superfícies de contato é essencial para a preservação da saúde humana e é condição básica de higiene. E em tempos de pandemia da Covid-19, é um assunto recorrente em nosso dia a dia.

Ao tocarmos em uma superfície contaminada e suja, podemos contrair diversas doenças como Covid-19, conjuntivite, infecções intestinais, resfriados, H1N1, hepatites, etc. 

Em ambientes hospitalares, onde existe maior proliferação desses microorganismos, os cuidados devem ser redobrados.

As superfícies que podemos citar, onde o emprego do cobre antimicrobiano em hospitais é muito benéfico, são: balcões, corrimãos, pias, torneiras, porta-toalhas, puxadores, maçanetas e elevadores.

Sendo assim, o cobre antimicrobiano deve ser visto e utilizado como um complemento / aliado, e não como um substituto das práticas convencionais de controle de infecção. 

Redução de 58% em infecções hospitalares

Um estudo realizado em três hospitais dos EUA, pelo médico Bill Keevil e sua equipe da Universidade de Southampton (Reino Unido), comprovou que o CAm pode prevenir até 58% das infecções hospitalares. 

Demonstrou-se que esse metal elimina em minutos, por exemplo, a superbactéria MRSA (Staphylococcus aureus) que é resistente a diversos antibióticos comuns.

Ficou comprovado que o CAm mantém sua ação mesmo após exposição contínua a produtos de limpeza e fatores ambientais e que os microorganismos morrem rapidamente ao entrar em contato com as superfícies de cobre devido às alterações bioquímicas entre esse metal e os agentes patogênicos.

Uma solução simples e econômica que poderia ser utilizada em hospitais, são as películas de cobre. São folhas finas feitas desse metal, com 0,05 mm de espessura e auto adesivas. 

Em testes elas foram instaladas nos trilhos das camas hospitalares, suportes, maçanetas de mesas, armários, teclados de computador, botões de chamada, interruptores e até em itens de uso habitual dos profissionais da saúde, como estetoscópios e celulares. 

Portanto, a aplicação em larga escala do cobre antimicrobiano em hospitais e centros de saúde seria o cenário ideal, visto que esse material, comprovado em diversos estudos científicos, atua de maneira contínua, eficiente e rápida contra bactérias, vírus e fungos.


Compartilhe: