Contribuições do Cobre na Certificação LEED®: EA Crédito 4 - Melhoria na Gestão de Gases Refrigerantes

Contribuições do Cobre na Certificação LEED®: EA Crédito 4 - Melhoria na Gestão de Gases Refrigerantes

No artigo de hoje, daremos seguimento aos exemplos de como as Tubulações de Cobre podem auxiliar no aumento de créditos na obtenção da certificação Leed® para a tipologia Novas Construções e Grandes Reformas (BD + C).

 

O que é Energia Geotérmica?

Energia Geotérmica é a energia obtida a partir do calor proveniente do interior do nosso planeta Terra.

Ela possui diversas aplicações, podendo servir para aquecer habitações, estufas, piscinas, estufas de agricultura e centrais geotérmicas para a produção de energia elétrica. 

Ela é considerada uma das energias mais limpas que existem, ou seja, é pouco poluente, por isso desperta grande interesse principalmente para a geração de energia elétrica.

Como obter Energia Geotérmica?

O calor terrestre existe nas camadas inferiores do nosso planeta, porém, em algumas partes do globo, ele está mais perto da superfície do que em outras.

Nesses locais onde o calor está mais perto da superfície, a sua utilização é mais fácil.

O calor é trazido para perto da superfície devido a movimentos da crosta terrestre, por intrusão de magma fundido e pela circulação de águas subterrâneas, formando reservatórios de água quente sob grande pressão.

Devido à necessidade de obter energia através de energia geotérmica, foram desenvolvidos métodos para obtenção desse calor na geração de eletricidade. 

As 3 formas de utilizar energia geotérmica são:

  1. Utilização Direta:  reservatórios geotérmicos de temperaturas baixas/moderadas (20ºC – 150ºC) podem ser aproveitados diretamente para fornecer calor para a indústria, aquecimento ambiente, termas, entre outros.
  2. Centrais Geotérmicas: aproveitamento direto de fluidos geotérmicos em centrais a altas temperaturas (> 150 ºC), que movimenta uma turbina e produz energia elétrica. A utilização da energia geotérmica é conseguida através da perfuração de poços, de modo a alcançar os reservatórios, trazendo para a superfície o vapor da água quente de alta pressão, dirigindo o vapor e água quente a unidades distintas nas turbinas das centrais geotérmicas. A energia térmica é, assim, convertida em energia elétrica. O fluido geotérmico arrefecido é injetado de volta ao reservatório onde é reaquecido, preservando o equilíbrio e a sustentabilidade do recurso.
  3. Bombas de Calor Geotérmicas: Os sistemas geotérmicos de aquecimento e arrefecimento funcionam pelo bombeamento da água através de um tubo inserido no solo, que através da diferença de temperatura do subsolo aquecem ou arrefecem água e, em seguida, o ar dentro dos edifícios. Além de utilizar as energias renováveis em vez de um combustível fóssil para aquecer os edifícios, um sistema de energia geotérmica usa 70% menos energia para executar o mesmo que um sistema convencional de aquecimento e refrigeração e 30% a 50% menos energia do que um novo sistema de aquecimento e refrigeração (Imagem 1). 

 

Imagem 1: Bomba de calor geotérmica

 

A seguir daremos mais um exemplo de como as tubulações de cobre podem contribuir com créditos no critério de Energia e Atmosfera (Energy and Atmosphere - EA).

 

EA Crédito 4 - Melhoria na Gestão de Gases Refrigerantes 

Já vimos o que é Energia Geotérmica e como ela pode ser obtida, sendo uma dessas maneiras a utilização de Bombas de Calor Geotérmicas

A seguir, vamos entender melhor o funcionamento dessas bombas e como elas podem gerar economia, aumentando créditos na obtenção da certificação Leed®.

A instalação de bombas de calor geotérmicas consiste na colocação de tubulações no solo e a circulação de um fluido dentro dos tubos para extrair o calor. 

Estes tubos podem ser colocados horizontalmente em uma vala ou trincheira ou colocados verticalmente em buracos feitos na terra (Imagem 2).

Imagem 2: Tubulação de cobre para sistema geotérmico

 

A bomba de calor geotérmica de intercâmbio direto (direct exchange geothermal - DXG) utiliza tubulação de cobre enterrada e contém um líquido refrigerante que é bombeado através do tubo, trocando a energia quente da edificação com refrigerador localizado no solo e agindo praticamente como um dissipador de calor.

Esse sistema não requer uma bomba adicional para remover o fluido refrigerante através do piso ou qualquer trocador de calor intermediário (saiba mais sobre Fluidos Refrigerantes clicando aqui).

Este processo é conhecido como troca direta e é muito eficaz para manter um local a uma temperatura estável e com temperaturas adequadas ao bem-estar de quem as ocupa.

A tecnologia de trocador direto é relativamente nova e possui inúmeras possibilidades. 

Nos testes até agora realizados, o sistema DXG mostrou redução dos custos com calefação e refrigeração residencial pela metade. Como é uma tecnologia nova, espera-se que melhorias sejam feitas constantemente nos sistemas e eles possam produzir economias cada vez maiores.

O departamento de energia dos EUA, por exemplo, onde essa tecnologia já é utilizada, estima que cerca de 50.000 dispositivos de refrigeração geotérmica são instalados em residências e empresas anualmente. 

O custo por tonelada de capacidade média é de US $2.500 dólares. Um aparelho de três toneladas é necessário para uma utilização de médio porte. A economia de energia gerada faz com que o investimento inicial seja retornado em cerca de cinco a dez anos. Os componentes internos da bomba de refrigeração geotérmica duram cerca de 25 anos, enquanto o ciclo de cobre tem uma vida útil de 50 anos.


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